O Mestre Indaga ao Aprendiz – XVII
Qual a natureza da relação
entre o humano e o divino, e o papel do amor nessa conexão?
Resposta
No
“Enfim, encontramos a palavra” (*) o autor, em sua jornada espiritual, empreende
uma busca alquímico-iniciática semelhante à do maçom, visando a transmutação do
chumbo em ouro. Através de experiências místicas e fenômenos
sincréticos, ele se aproxima cada vez mais do Grande Arquiteto do Universo,
buscando a união com o Logos cósmico. A jornada interior, repleta de
símbolos como o fogo (purificação), a água (regeneração) e as pedras preciosas
(sabedoria), reflete os ritos maçônicos e evoca a tradição alquímica, onde o
fogo alquímico representa a transmutação da matéria.
A
jornada interior do autor, repleta de simbolismo, pode ser vista como uma
alegoria da ascensão do espírito,
uma jornada iniciática que culmina na experiência da iluminação. Essa ascensão é paralela à escalada do maçom nos
graus simbólicos, onde cada grau representa um estágio de desenvolvimento
espiritual e um aprofundamento da compreensão dos mistérios.
Símbolos
Os
símbolos presentes no texto, como o rio (representando a jornada), o fogo
(purificação), as pedras preciosas (sabedoria) e as nuvens (mistério), são arquétipos
junguianos que ecoam em diversas tradições místicas. Eles representam
aspectos profundos da psique humana e da realidade cósmica, guiando o indivíduo
em sua busca pela individuação - um processo de integração da
personalidade descrito por Jung.
A
'palavra divina', descoberta ao
final da jornada, pode ser comparada ao Logos neoplatônico, a força ordenadora
e criadora do universo. Essa interpretação conecta a experiência mística do
autor com a tradição filosófica ocidental, onde a busca pela verdade última é frequentemente associada à busca pelo Logos.
A Relação entre o Divino e o Humano
A
experiência do autor revela um processo de individuação semelhante ao do
maçom, que busca a iluminação e a realização do self. Essa
jornada, marcada pela ascensão espiritual, conduz o iniciado a uma
experiência mais profunda da realidade, onde o Grande Arquiteto do Universo
se manifesta de forma imanente.
A
busca por essa conexão divina, facilitada pelo amor, ecoa o conceito
neoplatônico de Eros, a força que impulsiona todas as coisas em direção à
unidade. Essa perspectiva conecta a experiência mística do autor com a tradição
filosófica ocidental, onde o amor é visto como a força motriz da união entre o
finito e o infinito.
Por
fim, o amor, como força unificadora, conduz o indivíduo a uma experiência mais
profunda da realidade, aproximando-o cada vez mais do Grande Arquiteto e de
seus irmãos. Essa experiência de unidade cósmica pode ser comparada ao conceito
budista de interdependência, onde todas as coisas estão conectadas e interagem
de forma complexa.
Poeta Hiran de Melo
- Mestre Instalado, Cavaleiro Rosa Cruz, Cavaleiro Noaquita - oráculo de
Melquisedec, e Sublime
Príncipe do Real Segredo, Grau 32 do Rito Escocês Antigo e Aceito. Campina
Grande, 12 dezembros de 2024 da Revelação do Cristo.
Para
compreender mais facilmente a resposta, apresentaremos a seguir um resumo do
artigo. Entretanto, para uma compreensão profunda, é recomendável ler o próprio
artigo por inteiro. (*)
Resumo do “Enfim,
encontramos a palavra”
Este texto narra uma experiência mística e
espiritual, onde o autor busca um encontro profundo com o Divino. Através de
uma jornada solitária e posterior em companhia de um ser amado, o narrador
vivencia uma série de visões e revelações que o conduzem a uma compreensão mais
profunda da divindade. A narrativa explora temas como a busca espiritual, a
relação entre o divino e o humano, a importância do amor e a natureza da
revelação. A experiência culminante é marcada por um encontro com a palavra
divina, simbolizando a união entre o finito e o infinito, o humano e o divino.
(*)
https://mestreinstalado.blogspot.com/2022/03/em-busca-da-palavra-perdida-iii.html

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