A Lenda de Hiram – Capítulo 4

“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Ensinamento do Mestre Jesus.

 

Cortejo de Entrada

 

Resumo

 

O cortejo de entrada maçônico é uma sequência ritualizada de eventos que marca o início de uma reunião da Loja. Simboliza a jornada de crescimento espiritual e a busca pela iluminação. Por meio de ações simbólicas, como vestir luvas e formar padrões geométricos específicos, os iniciados expressam seu compromisso com os princípios da Maçonaria. A formação geométrica abstrata do cortejo, apresentando as colunas da Beleza, Força e Sabedoria, sublinha a ênfase maçônica no equilíbrio, harmonia e conhecimento. O cortejo culmina com a entrada na Loja, representando a transição do mundo profano para o espaço sagrado da fraternidade maçônica.

 

Palavras-chave: Maçonaria, ritual, simbolismo, iniciação, Loja, cortejo de entrada, crescimento espiritual.

 

A entrada ao templo

 

Ao Mestre de Cerimônias, de reconhecido saber maçônico, é confiado a organização do cortejo de entrada ao Lugar Sagrado, aonde serão celebrados os trabalhos da Ordem.

 

No limiar do Templo, os Irmãos se preparam para mais uma etapa de sua jornada iniciática. O Mestre de Cerimônias, conduz os Irmãos por um ritual de purificação e renovação. A imposição das luvas simboliza o compromisso de cada Irmão em trilhar o caminho da evolução espiritual e de buscar a luz interior.

 

Unidos pela busca da verdade, nos apresentamos diante do Templo com as mãos limpas, sinal de nossa dedicação à Ordem e aos nossos irmãos. Ao silenciarmos nossos pensamentos e emoções, abrimo-nos para receber a sabedoria ancestral e fortalecer os laços que nos unem.

 

O Mestre de Cerimônias nos convida a um momento de profunda introspecção, a um silêncio que nos permita acolher a sabedoria divina. Como um cálice vazio, aguardamos ser preenchidos pela graça do Criador. Abrimos nossos corações, despojando-nos de nossas paixões e preconceitos, para receber a luz da verdade.

 

De súbito, o golpe seco do maço ecoa no recinto, anunciando a chegada dos Irmãos. A porta do Templo se abre, revelando a figura imponente do Guardião Interno.

 

ü Que desejam os Irmãos que buscam ingresso a esta Augusta e Respeitável Loja? Indaga o Guardião, sua voz reverberando nas paredes sagradas.

 

ü Irmão Guardião, somos os obreiros desta Loja, e solicitamos permissão para adentrar o Templo e dar início aos nossos trabalhos, responde o Mestre de Cerimônias, com a voz carregada de respeito.

 

ü Qual o propósito de vossa reunião nesta noite? Questiona o Guardião, atento.

 

ü Irmão, buscamos cultivar em nossos corações a virtude da compaixão, para que possamos agir com justiça e equidade em todas as nossas ações, responde o Mestre de Cerimônias.

 

ü E quais são os trabalhos que realizarão para atingir este nobre objetivo? Indaga o Guardião, aprofundando a conversa.

 

ü Trabalharemos incansavelmente para nos desapegar das coisas materiais e das paixões mundanas, buscando a perfeição moral e espiritual, responde o Mestre de Cerimônias, sua voz firme e convicta.

 

Possuir um coração repleto de compaixão faz do obreiro um homem “manso e humilde de coração”. Um obreiro justo e perfeito conforme o Mestre Jesus.

 

É meio dia, o sol está no zênite. Os obreiros estão perfilados e compondo três colunas. Vistas de cima as colunas formam um U, símbolo da unidade da Ordem. A coluna da Beleza em paralelo à coluna da Força, e estas na ortogonal em relação à coluna da Sabedoria.

 

Com passos firmes e corações repletos de esperança, os Irmãos adentram o Templo. A porta, um portal para o conhecimento e a fraternidade, se abre, revelando o interior sagrado.

 

Cada detalhe do ritual, desde a disposição das colunas até a vestimenta dos maçons, carrega um significado profundo, transmitindo os ensinamentos da Ordem de forma simbólica. Os mestres, por exemplo, usam chapéus como sinal de respeito ao Grande Arquiteto do Universo.

 

Conclusão

 

E assim o cortejo de entrada se constitui uma porta simbólica da Ordem. Uma porta aberta para que o ensinamento da instituição não seja buscado apenas nas palavras, mas também em seus símbolos, no comportamento dos seus mestres e, principalmente, nas atitudes dos seus dirigentes máximos – referenciais das práxis e da gnose maçônicas.

 

Exortação

 

A jornada maçônica é uma busca constante pela justiça e pela perfeição. Os símbolos, os ritos e os ensinamentos transmitidos no templo servem como guias nessa busca, inspirando os maçons a viverem de acordo com os princípios da fraternidade, da igualdade e da liberdade.

 

Poeta Hiran de Melo - Mestre Instalado, Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo de Melquisedec, 12 de dezembro de 2010 da Revelação do Cristo.

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