A REVOLUÇÃO MAÇÔNICA – Parte 5

Irmão Luiz Carlos Silva, G33


11. AS SINDICÂNCIAS:

As sindicâncias têm realmente impedido que pessoas desqualificadas ingressem na Fraternidade Maçônica? Deixamos para os irmãos responderem a essa questão...E o que dizer sobre relatos de mestres maçons que orientaram profanos para omitir questões graves de suas vidas particulares, pois, se relatadas, receberiam um turbilhão de bolas negras? E os casos de maçons expulsos de determinada Potência, não por perseguição política, mas sim por questões morais graves que são recebidos com todas as honras por outras Potências?

12. A SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA:

Um dos mais sublimes deveres do maçom consiste na prática da solidariedade (...cabendo-vos a prática constante das virtudes, socorrer os irmãos em suas aflições e necessidades, encaminhá-los na senda da Virtude, desvia-los da prática do Mal e estimula-los a fazerem o Bem, dando-lhes exemplos de Tolerância, Justiça e respeito à liberdade, exigências primordiais de nossa Sublime Instituição).

Essa citação por força de sua profundidade e abrangência, dispensaria qualquer comentário. Mas há queixas e lamentações de inúmeros irmãos no sentido de que temos nos esquecidos da prática dessa virtude fundamental. A solidariedade maçônica não se restringe apenas ao aspecto material ela é infinitamente mais abrangente e divina.

13. APROXIMAÇÃO COM A IGREJA:

Temos percebido que alguns dignitários maçônicos têm buscado uma aproximação com a Igreja Católica. Jornais maçônicos têm supervalorizado a publicação de fotografias de padres ou bispos católicos proferindo palestras em templos maçônicos. Não restam dúvidas que a melhoria de relações com qualquer instituição seria será sempre salutar. Mas tais pequenos e esparsos contatos estão servindo mais à vaidade desses dignitários do que a uma real aproximação das Instituições.

A Cúpula da Igreja Católica sabe melhor do que ninguém do valor eterno da maçonaria e quando for do seu interesse ela mesma procurará contatos oficiais através do próprio Vaticano e não através de contatos isolados de pequenos párocos ou bispos; mas, aqui, defrontarmo-nos com outro problema: Qual das facções da maçonaria seria procurada pelos Santos Chefes da Igreja para um contato oficial?

14. PROGRAMA DA MAÇONARIA:

O que estamos fazendo pelos povos da sociedade contemporânea? O que estamos fazendo em prol dos nossos irmãos ou pela própria Ordem Maçônica? Seria suficiente sermos apenas guardiões da Tradição da Ordem?

A presente ação da maçonaria no plano político e social está merecendo o respeito do mundo profano e até mesmo dos nossos obreiros? Como poderemos gerenciar projetos humanitários com a coleta de “troncos” insignificantes? Existe algum projeto para educar e formar uma nova geração de líderes (eficientes condutores anônimos da sociedade) para perpetuação dos ideais da Ordem e para agirem nos bastidores do Estado e de sua sociedade organizada? Temos algum estudo para projetar adequadamente a imagem da Ordem no mundo profano? 

15. OS PODERES MAÇÔNICOS:

Tanto no Estado Oficial quanto no universo maçônico os poderes são harmônicos e independentes. Mas quantas mazelas que ocorrem nos bastidores dos poderes profanos vemos também ocorrer no seio de uma Ordem Fraternal e iniciática. 

O mais alto dignitário de cada Poder tem o dever de lutar por total independência e jamais permitir interferência mesmo que indiretamente. Se assim não proceder estará maculando sua própria consciência de homem livre e cidadão honrado. Tais sensores não serão lembrados com dignidade pela história pois nunca houve glória para a subserviência. 

Não vamos, aqui, entrar em detalhes ou citar casos, afinal de contas, estamos escrevendo para pessoas inteligentes que, no mínimo, devem ter discernimento.

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