A REVOLUÇÃO MAÇÔNICA - Parte 1

Irmão Luiz Carlos Silva, G33
INTRODUÇÃO
A sociedade moderna
vem assistindo ao desmoronamento de muitas estruturas e, ao mesmo tempo, à
estruturação de uma nova ordem mundial. Poderosas correntes de mudanças
impulsionadas por estupendas forças arquétipas vêm sacudindo todas as
instituições e até mesmo a vida pessoal dos membros da Comunidade humana.
Acompanhar as mudanças
que se operam no mundo e estar afinado com seu diapasão é um dever de todo
mortal que deseja administrar bem sua vida neste plano do Universo. Entretanto,
como membros de uma Organização que preserva grandes planos de evolução social,
esse dever é duplicado, pois, além de administrar nossa vida, temos, também, de
auxiliar no desenvolvimento da sociedade.
Faz parte da missão
suprema da Maçonaria (como uma Organização de construtores sociais, de
formadores de opinião e de condutores anônimos da sociedade) auxiliar a
humanidade nesses momentos de mudanças de ciclos, para que as inevitáveis
transformações não causem tantos transtornos ao homem.
Mas, como “a Ordem é
seus membros”, perguntamos: Estamos qualificados para operarmos competentemente
nesse quadro avassalador que se apresenta ao homem da sociedade contemporânea?
Que cada irmão responda a essa questão.
Refletir para
reconstruir talvez seja o lema a ser adotado pela atual geração de
franco-maçons, a fim de reestruturar a Ordem maçônica nesse limiar do Terceiro
Milênio.
Essa reflexão para ser
pragmática e construir numa autêntica REVOLUÇÃO deve ser sincera, inteligente e
corajosa. Enquanto não formos suficientemente fortes para refletir com
profundidade sobre os problemas da maçonaria na sociedade contemporânea as
“coisas” continuarão como estão e, como o ritmo universal é dinâmico e
progressivo, a Ordem terá dificuldade de se ajustar ao mesmo.
Este escrito que
preparamos deverá circular privativamente apenas entre os mestres maçons.
Recomendamos, pois, o devido cuidado, para que os assuntos tratados no mesmo,
sejam discutidos somente ao nível de “Câmara de Meio”.
O que estamos propondo
é apenas uma reflexão, pois como dizia Balzac: “Revolução muda tudo, menos o
coração do homem”. Na verdade, é por evolução que as mudanças ocorrerão em
caráter permanente.
Analisemos com amor e sabedoria alguns pontos cruciais dos problemas da maçonaria na sociedade contemporânea.
1 MAÇONS INATIVOS:
É assustadora a quantidade de maçons inativos ou irregulares. Tem mais irmãos fora do que dentro da Ordem. Alguém já cogitou seriamente sobre essa questão? Por que o número de irmãos inativos é desproporcionalmente maior do que os regulares? Por que tantos aprendizes ingressam entusiasmados, movidos por nobres propósitos e, após certo tempo, perdem totalmente a motivação? Será que se decepcionaram com o comportamento ou com a qualidade do conhecimento dos mais antigos na Organização ou dos próprios dirigentes? A ausência de ações concretas na sociedade não estaria também sendo um fator de desmotivação?
Muitos irmãos se arriscam saindo à noite, deixando o conforto do lar, a companhia salutar da família para assistir a reuniões enfadonhas, desorganizadas, discussões prolongadas para aprovar o óbvio ou palestras cansativas que se alongam pela noite a dentro e para que, às vezes, só servem para nos exercitar na virtude da tolerância.
Num mundo pragmático como esse em que vivemos, que
motivação podemos ter para frequentar regulamente a Oficina?
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