Eleições
no GOPB e os graves problemas que afligem a entidade.

Parte
2
Na
prancha de arquitetura anterior fizemos um convite para que possamos livremente
exercitar o direito e, simultaneamente, o dever de refletir, dialogar como
legítimos e verdadeiros irmãos sobre as soluções para os problemas que afligem
a nossa potência. Dentre eles: i) como manter os irmãos nos quadros das lojas,
contentes de satisfeitos? ii) como atrair e proporcionar um ambiente de efetivo
desenvolvimento aos neófitos?
Dando
continuidade, iremos aprofundar algumas causas e possíveis soluções. Trataremos
destes temas da forma que é própria a celebração dos mistérios maçônicos.
Imaginemos o que no nosso vale exista uma escola cujos mestres estejam faltando
às suas obrigações. E mesmo que alguns tenham abandonado a escola. E até mesmo
alguns aprendizes não mais comparecem regularmente às aulas. Então, temos um
grave problema: a evasão de mestres e aprendizes. O que fazer?
Alguém surge com uma milagrosa solução. Apressar a formação dos aprendizes remanescentes e exaltá-los à condição de mestres. Tendo completado o quadro de mestre, a escola estaria apta a captar novos alunos. Problema resolvido? Ou apenas agravado a precária situação?
Dá para se ter uma ideia da qualidade de ensino oferecido por esta escola? Estariam os novos aprendizes satisfeitos com a entrega do ensino ministrado?
Imaginemos que esta escola faça parte de uma rede de escolas. Não seria prudente que ela fosse reforçada por mestres oriundos de outras escolas da rede? E que só fosse autorizada a recrutar novos aprendizes quando seu quadro de mestres estivesse normalizado? Ou tivesse os seus trabalhos suspensos, com aprendizes sendo, sem custo para os mesmos, matriculados em outra escola bem mais conceituada da rede?
É claro que a alegoria descrita acima não corresponde a uma descrição perfeita de existência de uma Augusta, Respeitável, Loja Simbólica no nosso Grande Oriente. Todavia, pode se prestar como uma metáfora para provocar os livres pensadores, os maçons, ao diálogo em buscar de diagnosticar e prescrever soluções para alguns problemas que afligem os veneráveis mestres e mestres instalados, responsáveis pelo destino da nossa instituição maçônica. Em particular, o real problema da evasão de obreiros.
Nesta abertura ao diálogo somos fieis obreiros da Maçonaria.
É óbvio que a fidelidade maçônica consiste em ser fiel aos princípios fundadores da Ordem. Princípios fixados na lenda de Hiram, que ilustra a meritocracia. Ou seja, a cada um segundo os seus dons, suas virtudes, e em conformidade com o desenvolvimento dos mesmos, decorrente do desbastamento da pedra bruta.
Para um maçom, contribuir para a construção de uma sociedade justa e perfeita, consiste em ter uma vida profissional voltada para o bem servir, em conformidade com as virtudes que ele possui. Sendo a posse destas virtudes uma dádiva do Grande Arquiteto do Universo.
Resgato estas lembranças porque conservam a fidelidade. As lembranças atualizam o passado, fazendo dele o presente. Isto porque só se pensa efetivamente no presente. E no presente poderemos doar bons frutos, pois temos raízes solidamente plantadas no passado.
Vale de Campina Grande PB, aos 23 dias de maio de 2022.
Hiran de Melo, Mestre Maçom
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