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Mostrando postagens de novembro, 2025
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  Amor, Ordem e a Libertação do Medo no Antropoceno Diálogo entre Pike e Melquisedec Por Hiran de Melo O Encontro no Tempo Presente Pike: “Meu irmão, a Maçonaria é uma Ordem Moral que nasce do desenvolvimento racional da civilização. No Antropoceno, essa racionalidade precisa se expandir: não basta organizar sociedades humanas, é necessário reconhecer que o Grande Arquiteto do Universo também se manifesta na ordem da natureza. A ética não pode ser apenas social, mas também ecológica. A vida é parte de uma estrutura superior, e nossa responsabilidade é cuidar da Terra como templo sagrado. A Ordem Moral que defendo deve inspirar práticas concretas: educação para a sustentabilidade, justiça social e compromisso com a preservação dos recursos naturais.” Melquisedec: “E eu digo: Deus é amor. A religiosidade autêntica não depende de filiação a uma instituição ou conversão a uma Ordem Religiosa. Ela brota da experiência de amar e ser amado. No Antropoceno, amar significa cu...
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  Maçonaria no Antropoceno Entre Elegância, Caráter e Beleza – Um Chamado para o Nosso Tempo Por Hiran de Melo Vivemos em um século marcado por paradoxos. Nunca tivemos tanta tecnologia, tanta informação e tanta capacidade de moldar o mundo — e, ainda assim, nunca estivemos tão dispersos, frágeis e solitários. Chamamos esse período de Antropoceno , a era em que o ser humano se tornou uma força geológica. Mas talvez devêssemos chamá-lo também de era da desorientação , um tempo em que tudo vibra, exceto aquilo que realmente importa. O Antropoceno, ainda em discussão científica formal, descreve um momento em que a ação humana ultrapassa as forças naturais na capacidade de transformar o planeta. Mudanças climáticas, perda acelerada da biodiversidade, poluição persistente e alterações profundas nos ciclos da Terra formam uma marca geológica inédita — uma assinatura humana gravada no próprio tecido do planeta. É justamente nesse cenário inquieto e contraditório que a Maçonaria ...
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  Segredo e Partilha - A Jornada Iniciática em Vozes Cruzadas Diálogo entre os Mestres Pike e Melquisedec Por Hiran de Melo Pike - Um candidato à iniciação se aproxima do Templo de Salomão. O templo que vê não é apenas pedra e arquitetura: é reflexo de si mesmo. Cada bloco é virtude a ser trabalhada, cada medida revela uma ordem que precisa ser compreendida e vivida. Ao cruzar o limiar, o silêncio o envolve. A pedra bruta lhe é apresentada, símbolo de sua imperfeição. O maço e o cinzel lhe são entregues: vontade e inteligência, força e forma. Com eles, aprende que sua primeira tarefa é lapidar a si mesmo. Melquisedec - E, no entanto, irmão, não esqueçamos que essa lapidação não é apenas obra solitária. O iniciado carrega consigo marcas invisíveis: hábitos, linguagens, vínculos que o moldam antes mesmo de tocar o cinzel. O templo não se ergue apenas de pedras interiores, mas também das relações que sustentam o homem comum. Pike - Concordo. Ainda assim, os instrumentos d...
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  Entre Símbolos e Poder – Um Diálogo sobre a Jornada Iniciática Mestres Pike e Melquisedec Por Hiran de Melo Pike : Quando um homem comum se aproxima do Templo de Salomão, não encontra apenas pedra bem talhada. Ele encontra sua própria imagem em estado bruto. Cada bloco revela uma virtude a ser cultivada, cada proporção exprime uma ordem interior que precisa ser descoberta. Ao cruzar o limiar, o silêncio que o envolve não é vazio — é um convite. Nada ali é por acaso: cada gesto, cada palavra, cada objeto guarda um sentido profundo. Melquisedec : E esse silêncio, meu irmão, não é apenas reverência. É também um modo de conduzir o olhar e o comportamento. Os rituais, as posições, os instrumentos… tudo isso opera como uma trama de gestos que educam, moldam, orientam. O maço e o cinzel não servem apenas como metáforas da vontade e da inteligência: eles constituem práticas que, repetidas, organizam o corpo e o espírito segundo uma ética particular. Pike : Por meio deles, o can...
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  Maçonaria Contemporânea - Entre a Tradição e a Transformação Um diálogo entre Hiran de Melo e Neemias Ximenes Por Mestre Melquisedec Neemias Ximenes: É comum ouvirmos nos templos a frase: “Maçonaria boa era a do meu tempo.” Essa nostalgia, embora compreensível, pode se tornar um obstáculo silencioso. Quando o passado é tratado como único tempo digno de reverência, corremos o risco de transformar a Ordem em um museu de glórias antigas, em vez de um canteiro vivo de construção moral e social. Hiran de Melo: Concordo, irmão Neemias. Essa nostalgia não é apenas sentimento, mas um dispositivo disciplinador. Ela cria hierarquias tácitas entre gerações: quem pode falar, quem interpreta os rituais e quem deve apenas ouvir e repetir. É uma forma de poder que regula o presente e limita o campo de ação dos irmãos. Neemias Ximenes: Exato. A maçonaria sempre foi reflexo de seu tempo, e é justamente essa capacidade de dialogar com o presente que garantiu sua sobrevivência. O tempo d...
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  Maçonaria - Entre a Tradição e o Amanhã Por Neemias Ximenes - Mestre Secreto É comum ouvirmos, nas colunas do templo, a frase: “Maçonaria boa era a do meu tempo.” Essa nostalgia, embora compreensível, pode se tornar um obstáculo silencioso à continuidade e ao florescimento da própria Ordem. Quando nos apegamos ao passado como se ele fosse o único tempo digno de reverência, corremos o risco de transformar a maçonaria em um museu de glórias antigas, em vez de um canteiro vivo de construção moral e social. A maçonaria sempre foi um reflexo do seu tempo e justamente essa capacidade de dialogar com o presente que garantiu sua sobrevivência por séculos. O tempo de hoje é o melhor até que o amanhã chegue. E o amanhã, por sua vez, só será promissor se for construído com esperança, coragem e abertura para o novo. Quando desvalorizamos o presente, desestimulam os jovens que chegam com sede de pertencimento, de propósito, de transformação. Eles não querem apenas repetir rituais; que...
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  O Brasil, democrático e justo, espera por você Por Hiran de Melo No dia 15 de novembro, o vento vira uma página profunda da nossa história, lembrando que a República nasceu de um sopro de coragem — daqueles que exigem ousadia para existir. Deodoro e tantos outros maçons acenderam, no coração de um país que ainda tateava sua aurora, os primeiros lampiões da igualdade. Em seus gestos havia mais que política: havia o desejo visceral de ver o Brasil erguer a cabeça, romper correntes antigas e assumir sua própria voz. Décadas depois, Cazuza transformou essa mesma vontade em música, clamando: “Brasil, mostra tua cara” . Em versos que misturam ironia, denúncia e afeto, ele desnudou desigualdades persistentes, apontou para a manipulação que tenta manter o povo calado e questionou quem realmente paga o preço das injustiças. Seu grito artístico se tornou espelho e convite — porque, mesmo indignado, ele não abandonou o país: “Em nenhum instante eu vou te trair.” Hoje, ao celebrarmos...